“A energia da biomassa será uma das alternativas para reduzir a emissão de gases de efeito de estufa na Madeira”
A biomassa é uma das principais fontes de energia endógena da Região Autónoma da Madeira, apesar da sua utilização ter vindo a decrescer, sobretudo na última década.”A afirmação é de Filipe Oliveira, AREAM.
A lenha, utilizada principalmente no sector doméstico e da panificação,é uma alternativa ao combustível e ao gás. Além disso, a lenha é a forma de energia da biomassa mais conhecida e utilizada mas não é apenas a lenha que gera essa energia. No ramo, ainda existe o biogás, o etanol e os briquetes que são os mais comuns.
O biogás provém da metanização dos excrementos dos animais de explorações pecuárias, dos resíduos sólidos e ainda das lamas das ETAR’s e é utilizado não só para a produção eléctrica mas também para gerar calor em caldeiras.
O etanol é um combustível líquido que provém da biomassa vegetal o qual é misturado com combustível (baixa percentagem) para ser aplicado em automóveis. Aquele pode igualmente ser aplicado sem qualquer mistura desde que o motor seja afinado ou então se os motores forem adaptados para tal.
Os briquetes são essencialmente de matéria vegetal. Provém de resíduos de limpezas em floresta (madeiras, ramagens, folhas, etc.), de resíduos agrícolas e da manutenção de jardins. Tudo isto torna possível a criação dos briquetes. Estes apresentam-se como uma alternativa à lenha e até mesmo ao carvão vegetal para uso doméstico ou industrial.
Nas regiões onde é praticada a actividade pecuária, a energia da biomassa faz com que os excrementos resultantes dos animais sejam utilizados o que contribui para que se verifique uma menor poluição das águas residuais descarregadas assim como nas levadas que transportam a água.
Assim, a biomassa é muito importante a nível ecológico, pois reduz o nível de emissões de gases poluentes para a atmosfera, diminuindo desta forma o efeito de estufa. Além do mais, com o incremento da utilização deste tipo de energia torna-se necessário limpar as florestas periodicamente, de modo a conseguir aproveitar madeiras, ramagens e folhas, o que minimiza os riscos de incêndio nas florestas. Em suma, este acto é um bem multifacetado, ou seja, diminui a emissão de gases poluentes, reduz o risco de incêndios e, desta forma, as árvores continuam a emitir oxigénio e a reter o CO2, o que minimiza o risco de derrocadas porque não há desflorestação e a chuva não cai directamente no solo. Dá-nos, portanto, uma energia limpa que é uma alternativa aos combustíveis fósseis.
Jovem Repórter para o Ambiente da Escola Gonçalves Zarco, Funchal.
Lito Fernandes 11º3
1 comentário:
Muito interessante, pena não ter imagens...
Alexandra
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