04 maio 2009

Jovens Repórteres para o Ambiente participam na libertação de um Bufo real

Dia 25 de Abril, Sábado- Bufo-real (Bubo bubo) 19h30
- Tapada do Canudo, Sta Eulália, Elvas


Os Jovens Repórteres para o Ambiente participaram na libertação do seu "afilhado" o Bufo Real, que foi recuperado durante cerca de 4 meses pelo CERVAS.
Estiveram também presentes algumas dezenas
de pessoas incluindo um grupo de escuteiros e o Sr. Manuel que tinha encontardo a ave naquele local.
esta ave tinha sido apardinhada pelos Jovens Repórteres durante a Missão Internacional JRA Estreala 2009. Os padrinhos escolheram no momento do voo o nome de "Maria Liberdade"
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A história da "Maria Liberdade"
Esta ave de rapina nocturna foi recolhida por um particular na freguesia de Sta. Eulália - Elvas, em Novembro de 2008, por apresentar uma fractura na asa direita. A ave foi então entregue ao SEPNA de Elvas que a encaminhou para o Parque Natural da Serra de S. Mamede (PNSSM) que, por sua vez, a fez chegar ao CERVAS. Após todo o processo de recuperação, que incluiu resolução da fractura e lesões dos tecidos associadas, aumento e manutenção do peso, contacto com aves da mesma espécie, passagem por um processo de enriquecimento ambiental e alimentar e treinos de voo, musculação e caça, esta ave encontra-se finalmente preparada para ser devolvida à Natureza.



O Bufo-real (Bubo bubo)
O bufo-real (Bubo bubo) é o maior estrigídeo europeu, com um comprimento de 60 a 75cm e uma envergadura de 1,5-1,7. O seu peso pode mesmo atingir os 4kg.
Tem aspecto robusto e compacto, com grandes “orelhas” ou penachos auriculares de penas e grandes olhos alaranjados. Tarsos e dedos cobertos de penas, a plumagem pardo-amarelada, dorso com manchas preto-pardacentas, peito largo, ventre com finas linhas longitudinais preto-pardacentas, com face inferior das asas mais clara. A plumagem em ambos os sexos é de cor idêntica, no entanto a fêmea é maior. Quanto à silhueta de voo, destaca-se pela cabeça comprida, asas longas e bastante larga
s.
Constituem um casal permanente ocupando todos os anos o mesmo ninho. A postura é de 2 a 5 ovos em Março/Abril, apenas a fêmea os incuba, durante 31 a 36 dias, e as crias permanecem 35 dias no ninho. Abandonam-no sem ainda saber voar mas mantêm-se por perto, só aprendendo a voar às 9 semanas, sendo que os seus pais continuam a alimentá-los durante 10 a 15 semanas.
O estatuto de conservação atribuído pelo ICNB é “Quase ameaçado”. Entre as principais ameaças está a destruição de habitat, sobretudo devido às alterações provocadas pela construção de barragens, o envenenamento e a electrocussão.
A sua alimentação vai desde ratos até lebres e pequenas raposas, ocasionalmente também peixes. O ouriço-cacheiro é também uma das principais presas.
É uma espécie que se distribui desde a Europa Ocidental, Norte de África até à Ásia Oriental, mas que também ocorre na Península Ibérica sendo, contudo, bastante raro.
Tem preferência por regiões rochosas montanhosas ou vales fluviais, com zonas florestais e terrenos abertos e nus, preferindo os últimos para caçar.
Para nidificar, aproveita buracos em paredes rochosas ou escarpas. Pode, no entanto, também nidificar em planícies onde aproveitam ninhos de outras grandes aves, velhos e abandonados, ou até mesmo no solo.

O que é o CERVAS
O CERVAS é uma estrutura pertencente ao Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) situada em Gouveia, actualmente sob a gestão da Associação ALDEIA (http://www.aldeia.org), e que tem como principal objectivo recuperar animais selvagens feridos ou debilitados com o propósito de, sempre que possível, devolvê-los novamente à Natureza. Associado ao momento da libertação, este centro procura realizar acções de educação e sensibilização ambiental.

O que fazer quando encontar um animal selvagem ferido?
Contactar de imediato
SEPNA- GNR (central): 21 750 30 80
SOS Ambiente: 808 200 520
CERVAS/PNSE (Gouveia): 96 271 44 92
Qualquer informação: cervas.pnse@gmail.com

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