O CERVAS funciona como um hospital veterinário que recebe os animais, em qualquer condição, nunca recusando a entrada de algum.
É no CERVAS (CEntro de Recuperação de Animais Selvagens), que semanalmente, para não dizer diariamente, entram animais selvagens doentes para recuperação. Este centro funciona como um hospital veterinário que recebe os animais, em qualquer condição, nunca recusando a entrada de algum.
No meio de todas essas entradas estão várias razões Os motivos mais frequentes que justificam a entrada dos animais no centro são: animais existentes na fauna que são mantidos em cativeiros, visto que ainda há pessoas que não percebem a lei da natureza e que não entendem que acções como essas só alteram e prejudicam o funcionamento da natureza; os acidentes como electrocussões; ou devido à pouca sensibilidade do homem que se diverte a dar tiros nos animais, como já aconteceu em que tiveram um animal morto com três tiros na cabeça.
Adquirida com muito esforço, a video-vigilância é um dos métodos de estudo do comportamento animal mais sofisticados.O centro tem como objectivo recuperar os animais e devolve-los à natureza, sendo que quando tal não é possível, direcciona-os para um centro de exibição, ou então recorre à eutanásia (casos raríssimos) como menciona Liliana Samuel “todos os animais que vêm para cá, recuperam”, a não ser que já não haja nada a fazer por eles. Desde dois mil e seis o centro pôde contar com cerca de 700 animais, alguns deles em vias de extinção como por exemplo o abutre preto, outros não. O centro conta com espaços pequenos, que contudo não compromete o trabalho nem o futuro do centro, apesar de Liliana referir que “ é necessário multiplicar os espaços e as zonas de alimentação.
Neste momento, o centro não depende de alguma comparticipação pelo estado como antigamente, o que acaba por dificultar o trabalho dos funcionários do centro. O que o centro faz para conseguir ter fundos para se manter é pedir a empresas para os patrocinar, tanto em alimentação, como materiais, e materiais de vigilância que serve para melhorar os conhecimentos através do estudo comportamental dos animais. Também organiza actividades como workshop de recuperação de animais saudáveis que têm a duração de um fim-de-semana, com o custo de oitenta euros cada workshop, através dos apadrinhamentos em que quem apadrinha, pode enviar materiais para o animal em causa ou alimento. O centro conta com onze trabalhadores, sendo três deles o veterinário, a bióloga e o tratador, e os restantes os estagiários e voluntários, dado que o número de voluntários e estagiários tem vindo a aumentar.
Segundo Helena Raposeiro, “Os nossos objectivos são habitua-los à vida selvagem, para depois os libertar” Pelo centro já passaram biólogos, veterinários, um antropólogo e uma engenheira do ambiente. Ao seguir a carreira de bióloga o objectivo de Helena Raposeiro era transmitir ás pessoas que a recuperação é essencial.
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