17 abril 2009

Recuperação é essencial!

O CERVAS funciona como um hospital veterinário que recebe os animais, em qualquer condição, nunca recusando a entrada de algum.


É no CERVAS (CEntro de Recuperação de Animais Selvagens), que semanalmente, para não dizer diariamente, entram animais selvagens doentes para recuperação. Este centro funciona como um hospital veterinário que recebe os animais, em qualquer condição, nunca recusando a entrada de algum.
No meio de todas essas entradas estão várias razões Os motivos mais frequentes que justificam a entrada dos animais no centro são: animais existentes na fauna que são mantidos em cativeiros, visto que ainda há pessoas que não percebem a lei da natureza e que não entendem que acções como essas só alteram e prejudicam o funcionamento da natureza; os acidentes como electrocussões; ou devido à pouca sensibilidade do homem que se diverte a dar tiros nos animais, como já aconteceu em que tiveram um animal morto com três tiros na cabeça.
Adquirida com muito esforço, a video-vigilância é um dos métodos de estudo do comportamento animal mais sofisticados.O centro tem como objectivo recuperar os animais e devolve-los à natureza, sendo que quando tal não é possível, direcciona-os para um centro de exibição, ou então recorre à eutanásia (casos raríssimos) como menciona Liliana Samuel “todos os animais que vêm para cá, recuperam”, a não ser que já não haja nada a fazer por eles. Desde dois mil e seis o centro pôde contar com cerca de 700 animais, alguns deles em vias de extinção como por exemplo o abutre preto, outros não. O centro conta com espaços pequenos, que contudo não compromete o trabalho nem o futuro do centro, apesar de Liliana referir que “ é necessário multiplicar os espaços e as zonas de alimentação.
Neste momento, o centro não depende de alguma comparticipação pelo estado como antigamente, o que acaba por dificultar o trabalho dos funcionários do centro. O que o centro faz para conseguir ter fundos para se manter é pedir a empresas para os patrocinar, tanto em alimentação, como materiais, e materiais de vigilância que serve para melhorar os conhecimentos através do estudo comportamental dos animais. Também organiza actividades como workshop de recuperação de animais saudáveis que têm a duração de um fim-de-semana, com o custo de oitenta euros cada workshop, através dos apadrinhamentos em que quem apadrinha, pode enviar materiais para o animal em causa ou alimento. O centro conta com onze trabalhadores, sendo três deles o veterinário, a bióloga e o tratador, e os restantes os estagiários e voluntários, dado que o número de voluntários e estagiários tem vindo a aumentar.
Segundo Helena Raposeiro, “Os nossos objectivos são habitua-los à vida selvagem, para depois os libertar” Pelo centro já passaram biólogos, veterinários, um antropólogo e uma engenheira do ambiente. Ao seguir a carreira de bióloga o objectivo de Helena Raposeiro era transmitir ás pessoas que a recuperação é essencial.

Parque Ecológico de Gouveia – a preocupação com o bem-estar animal

Em Gouveia, localiza-se o Parque Ecológico, propriedade do município de Gouveia, criado a 1 de Junho de 1999 . Neste parque que funciona na Quinta da Borrachota, é possível estudar, conhecer e até usufruir de um conjunto diversificado de biodiversidade autócne e não só.
Actualmente residem aqui de 82 animais de 16 diferentes espécies (entre as quais genetas, saca-rabos, pombos, rolas, faisões, javalis, veados, sikas, gamos, patos, cabras, ovelhas, burros etc.). Hoje em dia este funciona como local de preservação, recuperação e de criação de animais, preocupando-se fundamentalmente com o bem-estar animal e se possível a sua reabilitação, bem como a educação da população para a necessidade de preservar certas espécies.

Dentro da Quinta da Borrachota existem dois organismos diferenciados, que actualmente têm vindo a cooperar de uma forma pacífica e útil, que agrada ambas as partes, o Parque Ecológico e o CERVAS (Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens). O Parque Ecológico, assim como o CERVAS, têm constante ajuda pelo SEPNA (Serviço Especial de Protecção da Natureza), da GNR. Esta unidade está encarregue da maior parte do transporte, e captura de animais. Todos os dias este Parque, gerido por 6 pessoas, realiza esforços tremendos para proporcionar uma boa qualidade de vida para os animais que se encontram neste parque , por isso o objectivo prioritário para este recinto é melhorar as condições (ambientais, sensoriais, sociais, físicas, e alimentares) dos animais, que necessitam destes factores para poderem viver normalmente e se possível adequa-los à vida selvagem. Este mini jardim zoológico é considerado a "Escola para a vida", pois para além de dar a conhecer e permitir a observação das espécies nele residentes, prepara os animais recuperáveis para a sua reinserção na vida natural, e concede a estadia a alguns dos animais irrecuperáveis.

JRA. Missão Estrela 2009. Grupo C

Os Anjos da Floresta de S. Pedro

Viver a ajudar, viver a proteger. Viver a ser anjo.

De um lado, floresta queimada e descuidada; do nosso, uma floresta cuidada resultado do trabalho dos Sapadores da freguesia de S. Pedro, do concelho de Manteigas, na área natural da Serra da Estrela.
À medida que íamos subindo a encosta sentíamos o cansaço que os Sapadores sentiam ao fazer aquilo todos os dias e o quanto eles se esforçavam por fazer o seu trabalho.

O início
Após o Estado se ter apoderado dos terrenos baldios para plantação de pinheiros e sua venda, em 1888, começaram a haver desacatos entre pastores e o próprio Estado, no virar do século. Ambos queriam liberdade para utilizar estes terrenos para diferentes fins/objectivos: o Estado queria este terreno para plantar pinheiros para a sua venda; os pastores desejavam-nos para poderem alimentar os seus rebanhos nas matas.
No decorrer desta “guerra”, onde houve fatalidades, criou-se, em 1979, a primeira associação de Sapadores Florestais. Um pouco mais tarde, em 1987, os moradores locais conseguiram retirar os terrenos ao Estado levando-o a tribunal e negociando uma parceria com o mesmo. Acordaram que 60% dos lucros da venda da madeira proveniente deste local seria para as associações de sapadores florestais de baldios e os restantes 40% para o Estado.

Diferentes tipos de Sapadores
Interessa saber que existem dois grandes tipos de sapadores: dum lado existem os Sapadores de baldios, para o povo; por outro os Sapadores Naturais Florestais. Os primeiros ocupam-se a tratar dos terrenos que não pertencem a ninguém concretamente e, por isso, têm mais liberdade ao actuar neles. Os segundos actuam em terrenos particulares e, por isso, estão condicionados às ordens de alguém. “Chamavam-nos de loucos. Depois, quando viram o desastre que conseguimos evitar, deram-nos os parabéns” Sérgio Almeida

Uns anjos chamados sapadores
Os Sapadores desta região têm feito um trabalho que muito tem agradado à população em geral, isto porque têm desenvolvido um conjunto de actividades que, apesar de revelar um certo interesse económico, revela também uma grande preocupação ecológica e ambiental pois encarregam-se de matas abandonadas.
De entre as actividades por si realizadas destacam-se também as manutenções das estradas com o aparo de certas árvores que podiam colidir com os veículos, as acções de sensibilização à população alertando dos perigos dos incêndios e das queimas ao ar livre e as limpezas dos pontos de água utilizados para o combate aos incêndios.
No que toca às técnicas de combate de fogo os Sapadores usam a técnica do contra-fogo. Quando ocorre um incêndio com perigo para a zona de S. Pedro, os sapadores pegam fogo a uma dada região, controlando-o. Assim, quando o primeiro incêndio chega a esta zona, extingue-se porque não há nada para arder.
A prática do contra-fogo não foi bem recebida no início. “Chamavam-nos de loucos. Depois, quando viram o desastre que conseguimos evitar, deram-nos os parabéns e concordaram com o nosso modo de actuar.” frisa Sérgio Almeida, falando acerca de um incêndio ocorrido em 2005 nesta zona e que foi travado devido ao “fogo contra fogo” e que evitou um incêndio maior.

Os apoios
Os Sapadores contam com um mapa de apoio ao combate dos fogos no qual se encontram os pontos de vigia, os pontos de recolha de água (aéreos, terrestres e mistos) e as redes primárias.
A rede primária é um conjunto de faixas florestais com 125m de largura e com extensão variável que está limpa de combustíveis, ou seja, livre de risco elevado de incêndio.
Esta associação conta com o apoio do Estado em 35 mil euros e com o financiamento derivante da venda de madeira. Assim sendo, a venda de árvores na área de S. Pedro é feita tendo em conta o metro cúbico e a qualidade das árvores; o pinheiro-bravo é negociado em 25€-40€ por m3 e o pseudo-tessuga a 45€ por m3.
É sempre importante referir a importância destas pessoas na vida desta região. Para além de se importarem com a fauna e a flora, são também pessoas extremamente humanas e com grande sentido de responsabilidade. Os anjos existem, só que às vezes assumem a expressão de pessoas para estarem mais perto de nós.

Missão Estrela 2009. JRA. Grupo B

Suzette e seus amigos

No passado dia 30 de Março, um grupo de JRA dirigiu-se ao canil da Quinta de São Fernando, com o objectivo de conhecer melhor esta raça (Serra da Estrela), com o apoio de Suzette Preiswerk da Mota Veiga.
Foi visitado o canil da Quinta de São Fernando que se localiza no concelho de Manteigas, no qual tivemos contacto directo com uma criadora de cães de raça Serra da Estrela, Suzette Preiswerk da Mota Veiga.A criadora permitiu o acesso às instalações, que facilitou o contacto com os animais, disponibilizou-se ainda para explicar a história e as características da raça bem como o seu modo de tratamento e os cuidados a ter na criação dos cães.

Suzette Preiswerk da Mota Veiga é de origem Suíça e emigrou para Portugal em 1975 a sua paixão por cães desde sempre existiu. Desde que chegou a Manteigas, que Suzette mantém contacto esta raça que era a usada pelos pastores para a execução do seu trabalho, o cão da Serra da Estrela. Daí desencadeou uma amizade e cumplicidade com os animais, que desde cedo adquiriu, e com este feito a ideia de criar uma das raças mais populares nesta localidade. A actividade de Suzette, teve um grande sucesso, pelo que se tornou uma criadora prestigiada.

O cão da Serra da Estrela é uma das raças mais antigas da península Ibérica, desde sempre foi utilizado para guardar o rebanho dos ataques de lobos e intrusos. Permanecia sempre com as ovelhas enquanto os pastores se afastavam, desenvolvendo assim um carácter independente criando assim a sua autodefesa e a protecção do seu rebanho.
O cão Serra da Estrela é uma raça autóctone desta região, que possui diversas características, entre as quais uma cabeça forte e alongada, boca bem rasgada, peito longo e bem descido, porte grande, cauda comprida, uma altura compreendida entre os 69 e os 74 cm, para além da existência de dois tipos de “Estrelas” com pêlo comprido e curto.

Missão Estrela 2009. JRA -Grupo C

Ecolã, a empresa ecológica

A Ecolã é uma microempresa que transforma a lã em outros produtos, os quais são dirigidos ao público em geral. Esta empresa, formada no início do século XX, é de origem familiar e tem passado de geração em geração, sendo que agora se encontra nas mão

As lãs
Existem 3 diferentes cores de lã utilizadas aqui que são a branca, a castanha e a serrubeca, esta última de origem típica da Serra da Estrela. Os produtos desta empresa são feitos originalmente nestas cores. Contudo, e principalmente quando o cliente assim o pede, estas cores podem ser alteradas, ou através do uso de produtos químicos ou de produtos naturais (produtos esses provenientes de plantas). A cor lilás pode provir da urze e o amarelo e o verde podem vir das giestas.

O fabrico
Esta fábrica utiliza a manufactura como principal meio de produção, sendo as pessoas ajudadas por algumas máquinas para a produção dos produtos finais (ver caixa 1). Nesta fábrica são utilizadas lãs provenientes de rebanhos locais. Estas lãs antes de serem utilizadas, são lavadas e escolhidas, sendo que apenas 50% da lã comprada é aproveitada para as confecções. O restante é lã com gordura e sujidade que não dá para utilizar mesmo depois de todo este processo. Depois da selecção da lã e da sua lavagem, esta é fiada de modo a se organizarem fios para a próxima actividade: a tecelagem. Na tecelagem, com a ajuda de máquinas dos anos 40, 60 e 70, são feitos os tecidos através da junção dos diferentes fios. Posteriormente, estes tecidos são recortados e alinhavados formando-se o artigo final. A esse artigo final juntar-se-á, mais tarde, uma etiqueta, a qual será sempre colocada com agulha e linha, ou seja, pelas mãos humanas e não por nenhuma máquina de costura.

Produtos e vendas
De entre os produtos fabricados nesta empresa destacam-se os cachecóis, as écharpes, os casacos, os chinelos, os bonés, os gorros, as mantas e os cobertores. Tais produtos são vendidos no estrangeiro e em Portugal, sendo a percentagem de vendas de 50%/50%. Em Portugal, as vendas são essencialmente locais; para exportação, existem compradores na Alemanha, na Holanda e na Itália.
Um dos principais objectivos desta empresa é mostrar que os métodos tradicionais de fabrico e de transformação devem ser preservados e mantidos para não se virem a perder um dia. É por isso que mantêm as máquinas antigas e o trabalho manufacturado. É uma empresa que não visa crescer muito nem ser grande produtora, pois isso irá fazer com que os produtos percam qualidade se forem fabricados só por máquinas em produção em série. A Ecolã pretende também criar os seus próprios pontos de venda nas principais cidades do país.

JRA. Missão Estrela 2009.GrupoB

Turismo Rural atrai turistas à “Estrela”

A Casa Lagar da Alagoa, em funcionamento há três anos, contém dez quartos e duas suites, tem um aspecto muito familiar e dispõe aos hóspedes um descanso assegurado, pois apresenta uma paisagem extremamente relaxante, rodeada pelas montanhas verdejantes. Como esta casa está a ter sucesso, muitos hóspedes reservam logo a sua estadia para o ano seguinte, pois assim ficam com a reserva assegurada.

Este edifício foi um antigo lagar de azeite, que foi construído por volta de 1785 e foi desactivada em 1992. O gerente deste estabelecimento é o Sr. Joaquim Bento que, com a ajuda da sua mulher, reconstruiu este local para o funcionamento de uma casa de turismo rural. O hotel está situado junto ao Rio Zêzere e de uma praia fluvial. Aqui, todos os hóspedes têm a oportunidade de poder descobrir sítios novos através de passeios de todo o terreno ou pedestres ao encargo do Sr. Joaquim Bento, assim como tantas outras actividades.

Para o conhecimento desta casa, o gerente utiliza como publicidade a Internet, distribuição de panfletos e divulgação através de quem já esteve neste hotel. O dono desta casa rural está a encontrar um aumento significativo de turistas nacionais na serra. Apesar disso, existem ainda muitos obstáculos para o melhor aproveitamento turístico da Serra da Estrela, tais como a limpeza de caminhos pedestres na serra e a criação de mapas actualizados com tudo o que os turistas precisam de saber (os caminhos que não sejam só as estradas em alcatrão). Em comparação com os portugueses, os estrangeiros são muito mais respeitadores da Serra.

Os jovens portugueses começam a descobrir que a Serra da Estrela não é apenas um centro turístico devido às suas lindas paisagens e cobertura de neve no Verão, apresenta também uma vasta diversidade biológica. Com estas ideias inovadoras, podemos vir a ter um turismo sustentável, que nos permitirá a recepção de mais turistas e também de lucros para a região, assim como a aproximação dos cidadãos com a natureza.

JRA. Missão Estrela 2009. Grupo C

16 abril 2009

A vida de uma truta

De visita ao Viveiro de trutas em Manteigas, o Sr. Diamantino Santos explicou as condições necessárias para a criação e manutenção dos viveiros, tais como: água mais fria (8ºC), oxigenada e corrente. Estes animais têm uma duração de vida média de 8 anos.

O objectivo deste viveiro foi elevar a produção desta espécie, aumentando o número de animais, mas tem também como objectivo a venda dos peixes (com vista em aumentar os lucros), bem como assegurar a sobrevivência desta espécie autóctone. Esta associação conta com uma comparticipação do Estado que ajuda a manter o bem-estar destes peixes, que mais tarde serão devolvidos ao habitat natural (em barragens, rios, lagoas, ribeiras entre outros locais) ou vendidos, com fins lucrativos.

Neste viveiro existem dois tipos de trutas: as Fário, que são espécies autóctones, e as Arco-Íris, introduzidas pelo Homem. Há ainda um tanque com trutas Albinas, que resultam de uma doença genética que lhes dá uma cor característica (amarelo), contudo são próprias para consumo.As trutas são alimentadas com crustáceos, carne, farinha, ração e alguns suplementos principalmente em períodos em se encontram mais expostas a condições adversas.

Na truticultura, as trutas não se reproduzem naturalmente, por isso é necessária a intervenção do Homem. A maturidade sexual é alcançada aos 3 anos de idade, quando encontram condições ambientais propícias como a temperatura e alimentação adequada.

Faz-se a colecta dos óvulos e do sémen pela compressão abdominal, segue-se depois incubação e alevinagem. São necessárias instalações e cuidados apropriados, como por exemplo a deposição dos ovos num local escuro, pois estes queimam, quando em contacto com a radiação solar. A vida útil de reprodução para fêmeas é dos 3 até aos 6 anos, apesar de no 7ºano a postura das fêmeas ser maior os ovos são muito mais pequenos e o desenvolvimento destes não é garantido.
JRA. Missão Estrela 2009. Grupo C

09 abril 2009

Fotos da Missão Estrela


Ver fotos da Missão

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Slideshow

JRA apadrinharam 2 aves do CERVAS

O nosso afilhado Bufo bufo , vai ser libertado no dia 25 de Abril , em Elvas, no local em que foi recolhido para tratamento no CERVAS.

Quem quer comparecer?


contactem-nos para: jra@abae.pt