16 abril 2009

A vida de uma truta

De visita ao Viveiro de trutas em Manteigas, o Sr. Diamantino Santos explicou as condições necessárias para a criação e manutenção dos viveiros, tais como: água mais fria (8ºC), oxigenada e corrente. Estes animais têm uma duração de vida média de 8 anos.

O objectivo deste viveiro foi elevar a produção desta espécie, aumentando o número de animais, mas tem também como objectivo a venda dos peixes (com vista em aumentar os lucros), bem como assegurar a sobrevivência desta espécie autóctone. Esta associação conta com uma comparticipação do Estado que ajuda a manter o bem-estar destes peixes, que mais tarde serão devolvidos ao habitat natural (em barragens, rios, lagoas, ribeiras entre outros locais) ou vendidos, com fins lucrativos.

Neste viveiro existem dois tipos de trutas: as Fário, que são espécies autóctones, e as Arco-Íris, introduzidas pelo Homem. Há ainda um tanque com trutas Albinas, que resultam de uma doença genética que lhes dá uma cor característica (amarelo), contudo são próprias para consumo.As trutas são alimentadas com crustáceos, carne, farinha, ração e alguns suplementos principalmente em períodos em se encontram mais expostas a condições adversas.

Na truticultura, as trutas não se reproduzem naturalmente, por isso é necessária a intervenção do Homem. A maturidade sexual é alcançada aos 3 anos de idade, quando encontram condições ambientais propícias como a temperatura e alimentação adequada.

Faz-se a colecta dos óvulos e do sémen pela compressão abdominal, segue-se depois incubação e alevinagem. São necessárias instalações e cuidados apropriados, como por exemplo a deposição dos ovos num local escuro, pois estes queimam, quando em contacto com a radiação solar. A vida útil de reprodução para fêmeas é dos 3 até aos 6 anos, apesar de no 7ºano a postura das fêmeas ser maior os ovos são muito mais pequenos e o desenvolvimento destes não é garantido.
JRA. Missão Estrela 2009. Grupo C

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